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É comum que, ainda hoje, a depressão não seja vista como uma doença, o que pode ter consequências graves. Os preconceitos e estigmas que costumam ser relacionados a transtornos psicológicos podem resultar, entre outros problemas, em tratamentos mal realizados (quando realizados) e recaídas. Um dos motivos dessa má interpretação é que, muitas vezes, o problema é confundido com tristeza ou preocupações passageiras.

Ainda não se sabe quais são as origens da depressão, uma doença complexa que tem consequências físicas e emocionais. Conhecida também como Transtorno Depressivo Maior (TDM), é caracterizada por sinais que interferem na habilidade para trabalhar, estudar, comer, dormir e apreciar atividades antes agradáveis. O problema é mais comum entre pessoas de 20 e 40 anos, mas pode ocorrer em qualquer faixa etária.

Existem dois sintomas centrais: tristeza persistente e perda de interesse por atividades das quais costumava gostar. Para a depressão, ao menos um deles deve estar presente e tem que durar no mínimo duas semanas. Mas há outros que são secundários, como alteração de peso ou da libido para mais ou para menos, dificuldade de concentração, perda de memória, sentimento de culpa inapropriado e alteração no sono.

Apesar das confusões relacionadas à depressão, há problemas que realmente têm ligação, caso da ansiedade. É frequente que ambos ocorram ao mesmo tempo. Quem tem ansiedade crônica, em cerca de 70% dos casos, desenvolve depressão e o contrário também é verdadeiro.

Entre os fatores de risco para a depressão estão: pessoas com histórico familiar (fator genético) da doença; que enfrentam situações repetidas de estresse; que tenham perdido um dos pais ainda na infância ou sofrido qualquer tipo de abuso nessa época. Nas mulheres, os períodos pré-menstrual, pós-parto e menopausa são de maior risco para desenvolver a doença. E cerca de 17,5% da população apresentará pelo menos um episódio depressivo ao longo da vida.

Dr. Maria Anita
Psiquiatra e Psicoterapeuta CRM-GO 13054 Médica Psiquiatra, graduada em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia e residência médica em Psiquiatria pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). Experiência em psicoterapia de orientação psicoanalítica, tendo realizado aprimoramento na New Orleans Birmingham Psychoanalytic Center.
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